Caderneta de poupança ou mogno africano?

Onde investir? Porque devo fazer dessa forma? Quais os riscos que corro?

Por: Vitor Pinheiro*
Vitor Pinheiro é diretor comercial do IBF
Vitor Pinheiro é diretor comercial do IBF

São perguntas frequentes quando estamos falando em investir o nosso capital, seja ele de que dimensão for. O mundo moderno oferece um sem fim de opções para investimento de capitais. Umas formas com retorno mais rápido, porém mais arriscadas, outras com retorno a longo prazo, normalmente com rentabilidade menor e com risco reduzido. Note, falei reduzido, não inexistente, pois todo o investimento, mesmo que na caderneta de poupança, apresenta riscos para os quais você deve estar atento, mas que falarei mais à frente.

Muitas vezes ouvimos que determinada pessoa investiu na bolsa e conseguiu ganhar muito dinheiro. De fato isso pode acontecer, mas há um risco muito elevado relacionado a este tipo de investimento. Além disso, é um sistema complexo em que o investidor deve estar completamente mergulhado nesse mundo para que perceba as tendências de mercado, as interprete e invista de forma a obter um bom rendimento. Muitas vezes corre mal.

A esmagadora maioria dos brasileiros aposta em soluções menos arriscadas, como a caderneta de poupança e outras opções similares que não apresentam tantos riscos e o rendimento parece aceitável. Mas só parece…

A poupança não tem apresentado nos últimos anos um desempenho muito bom, na verdade em 2013 não conseguiu acompanhar a inflação, que se posicionou em 5,91% enquanto o rendimento foi de 5,67%, e o mesmo irá acontecer este ano de 2015, onde se prevê um rendimento de 5,80% enquanto a inflação irá galgar os 8,34% até ao final do ano.

Frequentemente a inflação destrói uma grande parte do rendimento da poupança, uma vez que esta não é um produto sobre o qual haja incidência da mesma, não acompanhando o mercado.

Mas então, como é que eu posso investir o meu dinheiro de forma segura e com um excelente rendimento?

Floresta de mogno africano é a resposta para essa pergunta. A madeira de mogno africano é muito apreciada na Europa e nos Estados Unidos. Tem um excelente valor de mercado e a sua adaptação às condições climatéricas do Brasil é fantástica. Na verdade estamos na presença de um verdadeiro fenômeno de que permite que investidores conservadores tenham também a oportunidade de obter alto rendimento com risco mínimo.

Está havendo uma migração, por parte de investidores em outras culturas, para o mogno africano porque não existe nenhuma outra lavoura que tenha uma capacidade de retorno comparável. Frequentemente, atendo investidores que estão com as suas terras paradas ou então em alguma cultura de onde tiram rendimento para empatar com os custos e que estão avançando para a implementação de floresta de mogno africano, a fim de captar maior rentabilidade para as suas propriedades.

Mas eu não tenho terra? Como é que eu posso investir?

Hoje em dia há já projetos com soluções completas onde o investidor compra uma fazenda em condomínio, a assessoria de implementação, a implementação da floresta, a manutenção, a certificação da madeira, assessoria na venda da madeira para o mercado externo e ainda pode utilizar de toda a estrutura de lazer para levar a família para conhecer a floresta.

Mas eu não entendo nada de florestas, como eu posso entrar nesse segmento sem errar?

Buscando parcerias com empresas sólidas e que realmente estão focadas no segmento e buscando se atualizar a cada dia que passa. Hoje em dia existem empresas e profissionais extremamente capacitados, no Brasil, em condições de prestar uma excelente assistência ao nível técnico e até comercial ao investidor. É importante se aliar a uma empresa sólida, com conhecimento do produto e do mercado, que está atenta às inovações e que ativa no segmento, buscando novidades e fazendo questão de passar essas novidades para os seus clientes e parceiros.

Mas vamos às contas. Um investidor que tivesse depositado na poupança de R$ 300.000,00 no ano de 2003, hoje estaria com R$ 618.954,89. Parece razoável não é? Não, porque a inflação acumulada no período foi de 79,31%, então na verdade ele teria o equivalente a R$ 367.601,70. Já não está tão mais razoável, não é?

Em comparação, um investidor que em 2003 tivesse utilizado os mesmo R$ 300.000,00 para implementar cerca de 10 hectares de mogno africano, já iria ter colhido madeira referente aos 2 primeiros desbastes iniciais, e estaria colhendo o seu primeiro corte comercial, conseguindo com essa madeira hoje, no mínimo, R$ 430.000,00. Além disto, ainda teria o último corte comercial que aconteceria em 3 a 4 anos e que lhe traria uma renda de cerca de R$ 4.000.000,00. Mas há mercado para essa madeira?

Claro que sim. O mogno é uma marca que está vendida há séculos, desde a colonização quando era extraído das florestas nativas, e é muito apreciada no mercado europeu e norte americano. A sua facilidade de acabamento, aliada à durabilidade e beleza natural fazem com que esta madeira seja aplicada em mobiliário de primeira linha, pisos, embarcações, aviões executivos, acabamentos de automóveis de luxo, instrumentos musicais, etc.

A utilização de madeiras provenientes de fontes sustentáveis é cada vez mais uma exigência das grandes empresas de processamento de madeira na Europa e Estados Unidos, por isso há uma grande procura por este tipo de produto, em detrimento das madeiras provenientes da exploração de florestas nativas, bem como se torna importante obter cerificação da floresta desde o início da sua formação a fim de facilitar a sua comercialização no exterior.

Resumindo, o investimento de capitais em florestas é bom, e o investimento em floresta de mogno africano é ainda melhor. Uma madeira nobre, com ciclo de produção muito rápido, adaptação ao clima e solos brasileiros fantástica e sem incidência de doenças e pragas, fazem desta espécie a melhor opção de investimento rural.

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*Vitor Pinheiro (vitor.pinheiro@plantearvore.com.br)

Diretor Comercial do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), economista português, com mais de 12 anos de experiência na área comercial. Especialista em Economia Florestal, desenvolveu as melhores práticas para a rentabilidade de florestas comerciais de madeiras nobres. Possui grande experiência em comércio e relações internacionais, comanda os trabalhos de expansão do grupo no exterior, abrindo importantes mercados na Europa e nos Estados Unidos para o Mogno Africano produzido no Brasil. Criador do Projeto Brazilian Timber, que faz a gestão comercial, no mundo, de madeiras duras tropicais oriundas de florestas plantadas no Brasil. Incentiva o plantio de floresta de madeiras nobres como forma inteligente de investimento através de palestras, artigos e planos de viabilidade econômica. Co-criador do conjunto de normas do IMP – Internacional Mahogany Protocol, certificação internacional para a cadeia produtiva do Mogno. Especialista em Coach e relações interpessoais, certificado pela Dale Carnegie.