Eventos climáticos anormais têm afetado plantações de Mogno Africano no Brasil. A árvore conhecida por ser extremamente resistente a condições adversas como a seca e calor da África, não responde bem às geadas que algumas regiões do país estão sofrendo este ano
A frequência de eventos climáticos extremos, chuvas torrenciais, elevação do nível do mar, secas e elevadas temperaturas em locais tradicionalmente frios, será multiplicada ao longo do século 21, mesmo que a humanidade consiga frear o aumento das emissões de CO2. E isso já é o resultado da ação humana no planeta.
Em um estudo feito por Rodrigo de Sousa e Túlio Morais, são ressaltadas regiões cujo as temperaturas oscilam entre 22ºC e 30ºC, as mais propícias para um ótimo desenvolvimento do Mogno Africano, enquanto temperaturas abaixo de 14ºC restringem o crescimento da mesma.
Eventos climáticos extremos no mundo, como as ondas de calor e as inundações que atingiram a Europa e a China neste mês, podem estar associados ao rápido derretimento de gelo no Ártico, região que está esquentando mais rápido do que qualquer outro lugar do planeta. A conclusão é de um relatório do CCAG (Climate Crisis Advisory Group), grupo internacional independente de especialistas sobre o clima, divulgado no dia 29 de Julho de 2021.
Os pesquisadores apontam que é preciso maior agilidade política e comprometimento financeiro para se evitar as consequências das mudanças climáticas. Citam a necessidade de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, além de remover esses elementos da atmosfera, a fim de reparar o manto de gelo ártico.
A diminuição do fluxo oceânico resulta na intensificação de secas na América do Sul, favorecendo incêndios em regiões como a amazônica. Estudos já mostraram que, se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no patamar atual, a temperatura média na América do Sul pode subir até 4ºC até o fim do século, em um cenário mais pessimista, tornando os eventos climáticos extremos, como secas, inundações e incêndios florestais, mais frequentes e intensos na região.
Eventos climáticos adversos e mudanças permanentes no clima do mundo certamente estarão cada vez mais presentes e intensas na realidade futura. Estudos e relatos na Austrália, país que iniciou plantios há muitos anos, indicam como uma das soluções para o plantio comercial das Khayas. a criação de mudas mais resistentes a estas intempéries.
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