Cada espécie de Khaya se adapta melhor a uma região, em geral a Grandifoliola se adapta bem em quase todo o Brasil, se for uma região muito árida, a Senegalensis será mais adequada. É necessário a avaliação de um técnico.
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Na verdade, nenhum problema. A procedência da maioria dos plantios é das árvores mães, de Grandifoliola, da Embrapa do Pará. Porém ao longo dos anos, novas sementes chegaram ao Brasil, e outras árvores que foram identificadas como sendo diferentes da Grandifoliola também produziram sementes que foram disseminadas sem muito controle de qual espécie seriam. Após a vinda do Dr Gaël, maior especialista da atualidade em Khayas, soube-se que existem outras espécies plantadas e talvez até possam ter surgido novas espécies oriundas destas misturas. Várias discussões já surgiram entre produtores quanto a esta questão, e o que o próprio Dr. Gaël constatou que todas são Khayas, e que a comercialização, mesmo do mogno africano é feita sem muita distinção de espécie, o que não deveria ser motivo de grande preocupação para os produtores.
O Novo Código Florestal (Lei Federal nº 12.651/2012), que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, estabelece que por ser uma espécie exótica (não nativa) esse tipo de plantio não depende de autorização. No entanto, é obrigatório que a atividade seja informada aos órgãos competentes: Art. 35, § 1º: “O plantio ou o reflorestamento com espécies florestais nativas independem de autorização prévia, desde que observadas as limitações e condições previstas nesta Lei, devendo ser informados ao órgão competente, no prazo de até 1 (um) ano, para fins de controle de origem.”Desde o estabelecimento dessa lei, em 2012, não haviam sido, ainda, disponibilizados os formulários para o cadastro de plantios em Minas Gerais. As diretrizes só foram estabelecidas, recentemente, em fevereiro de 2020, pela Portaria 28 do Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais. Veja a portaria completa aqui. http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=51046
Fico u definido pelo IEF que todos os plantadores de mogno africano (ou de outras espécies exóticas) de Minas Gerais devem cadastrar seus plantios nos seguintes prazos: Novos plantios a partir da publicação da portaria: Deverão ser cadastrados em até um ano após sua implantação.Plantios anteriores à portaria: Deverão ser cadastrados até a data da colheita. Para fazer o cadastro junto ao IEF, é necessário preencher formulários para cada uma das propriedades rurais. Nestes documentos, devem ser detalhados os dados de cada talhão, em planilha e em arquivo em formato shapefile https://www.clickgeo.com.br/limitacoes-e-caracteristicas-formato-shapefile/Esse cadastro é um passo importante para o mapeamento dos plantios existentes em Minas Gerais.
A Khaya grandifoliola apresentou boa adaptação ao solo e clima de grande parte do Brasil. Essa espécie possui características bem semelhantes às do mogno-brasileiro, o que aumenta a sua relevância no mercado internacional e favorece sua comercialização.Por ser uma madeira de qualidade, com baixa incidência de pragas e de fácil manejo, é um investimento que traz um retorno satisfatório, podendo render até R $300 mil por hectare de madeira beneficiada. No mais, todo conhecimento técnico é válido para poder ter uma base correta de identificação das espécies a serem plantadas e também guiar as futuras tomadas de decisões com o objetivo de obter sucesso no plantio do mogno-africano no Brasil.
De acordo com os estudos técnicos da Embrapa, as quatro espécies de khaya que são mais interessantes para o plantio comercial e obtenção de madeira nobre no Brasil são: Khaya anthotheca, Khaya grandifoliola, Khaya ivorensis e Khaya senegalensis.A Khaya senegalensis e a Khaya grandifoliola são as espécies com maior área de plantio no Brasil, devido à melhor adaptação ao clima e solo, sendo, portanto, mais promissoras em termos de rentabilidade para os produtores.Ainda assim, é relevante entender as diferenças entre cada uma das espécies para facilitar, não só o processo de compra das mudas, mas também o plantio e manejo da floresta.Saber os aspectos técnicos como crescimento dos troncos, formato das folhas, entre outras características de cada espécie, serve para guiar a escolha do produtor e suas futuras ações na silvicultura de mogno-africano. Clique nas abas ao lado, e veja os detalhes de cada uma das espécies encontradas no Brasil.
A espécie Khaya anthotheca se adequa mais em solos aluviais férteis profundos, como os de margens de rios e de encostas. Seu desenvolvimento ocorre melhor em altitudes que variam entre baixa e média, indo até 1.500 m e com índices pluviométricos de média anual entre 1.200 mm a 1.800 mm. Suas folhas têm textura bem lisa e com as nervuras secundárias e terciárias pouco aparentes.A altura das árvores de Khaya anthotheca podem atingir de 40 m a 65 m, com o fuste (parte comercial do tronco) podendo atingir 30 m. Conhecida como mogno-branco, a madeira dessa espécie pode ser usada para fabricação de móveis, pisos, painéis, barcos e canoas, se destacando para o uso em qualquer aplicação que exige madeira de boa qualidade e médio peso.
É uma espécie de fácil adaptação aos solos aluviais de vales, úmidos e bem drenados. É uma árvore que se beneficia de luz quando já está bem estabelecida, mas também se mostra tolerante à sombra. Se desenvolve muito bem em altitudes de até 1.400 m e em locais com precipitação pluviométrica anual entre 1.200 mm e 1.800 mm. O porte das árvores de Khaya grandifoliola é considerado médio a alto, podendo atingir 40 m de altura, sendo os fustes com tamanho máximo de 23 m. Os troncos são inclinados nas proximidades do topo e as folhas são de cor verde-oliva, com venação bem notável. Conhecida como mogno-da-folha-grande, a khaya grandifoliola possui madeira valorizada para carpintaria, marcenaria, móveis, sendo também utilizada desde para construções leves até para construções navais. É a espécie mais plantada em território brasileiro, pois se adaptou muito bem ao clima e ao solo.
Uma planta que se desenvolve muito bem em regiões tropicais úmidas de baixa altitude (até 700 m) e com índice pluviométrico entre 1.600 mm e 2.500 mm. Os solos ideais para o plantio devem ser aluviais bem drenados, mas também tem bom crescimento em solos lateríticos de encostas. Com árvores de porte muito alto, podendo chegar até 60 m de altura, possui tronco retilíneo e, em geral, livre de ramos até 30 m. Suas folhas são bem menores se comparadas a outras espécies e pontiagudas no seu ápice. Conhecida como mogno-vermelho, sua madeira pode ser usada no segmento de movelaria até construções mais pesadas como a naval. Até 2019 acreditava-se ser a mais plantada no Brasil. Contudo, após um estudo e reclassificação botânica feitos pelo especialista congolês Dr. Ulrich Gaël, constatou-se que a espécie mais plantada no Brasil era na verdade a Khaya grandifoliola, e não a ivorensis.
Essa espécie tem bom crescimento em locais úmidos e ao longo de cursos de água, com facilidade para se desenvolver em solos aluviais profundos e bem drenados. Tem preferência por locais com altitude de até 1.800 m e com precipitação pluviométrica anual entre 650 mm e 1300 mm.De porte médio, os troncos de Khaya senegalensis chegam até 35 m de altura, com formato tortuoso e ramificação baixa. Suas folhas são de um verde-oliva vivo e com nervuras amarelas.Comumente conhecida como mogno de zonas secas, a sua madeira é utilizada para carpintaria, marcenaria e lâminas decorativas. É a segunda espécie mais plantada no Brasil, em especial nas áreas com solos arenosos e com deficiência hídrica.Além de todos os aspectos técnicos, como solo, clima e relevo, uma boa dica para diferenciar as espécies é analisar as folhas das mudas.
“Antes de iniciar seu plantio, p rocure um engenheiro agrônomo especialista e experiente em mogno africano. Este profissional deverá ser capaz de fazer uma estimativa do seu investimento, orientar qual a melhor espécie a ser plantada no seu solo, condições climáticas da sua região, escolha das mudas ou sementes. O plantio do mogno africano é um negócio como outro qualquer, que exige acompanhamento e investimentos. Essas ações irão determinar o sucesso na colheita de sua floresta. ” ABPMA
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